terça-feira, 17 de agosto de 2010

A MÁQUINA DO TEMPO


"Nature never appeals to intelligence until habit and instinct are useless. There is no intelligence where there is no change and no need of change."

O livro da vez é o clássico britânico A Máquina do Tempo, obra escrita por um dos maiores mestres da ficção científica de todos os tempos, Herbert George Wells.

Apesar de extremamente curta, a história narrada em A Máquina do Tempo supera e muito o tempo quando foi escrita, trazendo questionamentos e pensamentos visivelmente a frente da época em que foi publicada.

Na trama, somos apresentados ao Viajante do Tempo (Time Traveller), um cientista anônimo que clama ter inventado uma forma de viajar através da quarta dimensão - o tempo. Reunindo um grupo seleto de amigos, o Viajante narra as aventuras vividas por ele no ano de 802.701, período em que o planeta parece dividido entre duas raças de seres que parecem descender dos humanos - os Eloi, criaturas frágeis e ingênuas desprovidas de um intelecto sequer igual ao do protagonista, e os Morlock, seres instintivos que habitam o subterrâneo e aterrorizam as noites da superfície terrestre, chegando a se alimentar dos Eloi.

O conflito da história é apresentado logo no começo do livro, quando o Viajante do Tempo vai ao futuro e tem sua máquina roubada. Para poder recuperá-la e voltar para casa, é necessário que ele desvende alguns mistérios sobre o que pode haver acontecido com o planeta e o que são as formas de vida que o rodeiam.

A princípio, A Máquina do Tempo pode parecer uma obra sem muita complexidade, apenas renomada por ter criado oficialmente o conceito de um aparelho que nos fizesse viajar no tempo. Entretanto, as ideias de H.G. Wells sobre o progresso (ou regresso) humano são interessantíssimas, levando-nos a questionar se o futuro descrito realmente pode se concretizar. Dentre suas principais visões, aquela que pode chamar mais atenção é o fato de os Eloi não possuírem um elo familiar muito grande - afinal de contas, em um mundo sem violência ou opressão, a proteção de zelo de unidades familiares já não se faz mais necessária. Somada a isso ainda há a perda do intelecto humano em razão do conforto e da falta de necessidade de mudança, possível explicação para o baixo nível intelectual possuído pelos descendentes dos humanos naquele tempo.

A Máquina do Tempo é sem dúvida um livro atemporal, um marco para a literatura não só fictícia como geral. Fica aqui minha dica para vocês conhecerem essa grande obra o quanto antes!

Pens Up: 5/5

2 comentários:

  1. Gostei do trecho inicial do seu post... e não consegui não pensar em uma coisa: o mundo precisa da mudança, a questão é, mesmo sabendo disso a necessidade ainda é menor do que a força de vontade de usar a inteligência...

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  2. tenho muita vontade de ler esse livro..
    adorei o q vc escreveu. Espero conseguir comprá-lo...

    bjss

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